Vereadora Lourdes Sprenger (Mandatos 2013-2016 e 2018-2020)

2ª Vice-Presidente Câmara Municipal P.Alegre e Procuradora Especial da Mulher. Contadora, Auditora. Presidente das Frentes “P.Alegre Sem Maus-Tratos aos Animais” e “P.Alegre Por Um Novo Pacto Federativo”. Deputada Federal Sup. 2015/18. Liderou Movimento "Carroças? Tem Solução! Inclusão Social Sem Sofrimento Animal"

01 abril 2015

Reunião da Frente Sem Maus-Tratos mostra avanços no trabalho parlamentar, controle de zoonoses, chipagem e Projeto proteger para Causa Animal

Deputado Gabriel Souza e vereadora Lourdes Sprenger (ao centro)  junto aos palestrantes da reunião da Frente 

 
A reunião da Frente Parlamentar Porto Alegre Sem-Maus Tratos aos Animais, presidida pela vereadora Lourdes Sprenger (PMDB), realizada nesta terça-feira, no Plenário Ana Terra da Câmara de Vereadores, mostrou um panorama de avanços para a causa animal no que se refere ao trabalho parlamentar bem como quanto as ações de voluntariado na Capital, por intermédio da ONG Bicho de Rua. O encontro teve ainda palestras sobre uso de microchip em animais domésticos.
   Na abertura do encontro, o deputado Gabriel Souza (PMDB), que preside a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, garantiu que vai decidir pela constitucionalidade do projeto que proíbe o sacrifício de animais em cultos religiosos. Segundo explicou, sua decisão não se refere ao mérito do projeto, mas, se a proposta não fere dispositivo da Constituição. “Tenho um compromisso por formação, como profissional da medicina veterinária, com a vida animal e sua proteção”, afirmou.

  Ele também anunciou que vai promover em breve o primeiro encontro da Frente Parlamentar pelo Controle Populacional dos Animais Domésticos, que visa difundir no Estado as políticas de controle populacional por intermédio da esterilização, com a presença de protetores e prefeitos.
 Por sua vez, a veterinária Bárbara Stenzel, do Centro de Vigilância Sanitária, que é dirigido pela médica Denise Sarti, disse que os recursos do SUS são para controle das doenças transmissíveis - zoonoses - e 
que não é aceitável que estes recursos sejam aplicados em outras ações como por exemplo esterilizações que tanto se deseja.
 Ela observou, ainda, que inexiste normatização quanto aos seguintes aspectos: guarda responsável; controle de comércio; abrigagem, vacinação e recolhimento; e fundo para tratamento de saúde de cães abandonados.
  Na sequência, Celso Fernandes, representante da empresa Partners, mostrou um painel de benefícios decorrentes da implantação de microchip de identificação em animais domésticos. Exemplificou que a legislação de países europeus e dos Estados Unidos tornou a microhipagem obrigatória o que “reduziu drasticamente o abandono e aumentou a responsabilidade sobre a guarda “. Ele explicou a facilidade de implantação e os locais determinados para a leitura do chip em caso de perda do animal. Acrescentou que existe um órgão internacional onde estão armazenados os números de série de todos os chips e não há possibilidade de registro de números iguais.

Tratamento para voluntários

  Na última apresentação, Sônia Grisólia, da ONG Bicho de Rua, presidida pela odontóloga Márcia Simch, apresentou o Projeto Proteger para a Causa Animal, que trata de dar suporte psicoterápico e clínico “ao verdadeiro exército de voluntários que diariamente se envolvem com os animais desprotegidos”. No seu entendimento, é preciso “dar conforto às dores que estas pessoas sentem, pois também são abandonadas e não reconhecem os limites de sua capacidade de se doar”.
 Para sustentar a importância do projeto de apoio, Sônia mostrou dados significativos do trabalho voluntário da Bicho de Rua, em Porto Alegre: quatro mil pessoas cadastradas no site entre protetores, ONGs e envolvidos com a causa; cerca de 16 mil doações de animais em seis anos de atuação, e a arrecadação nos últimos tempos de R$ 700 mil para compra de medicamentos e  ração”.