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Foto: Esteban Duarte/CMPA |
A Comissão de Saúde e Meio
Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre debateu nessa terça-feira
(13) a prevenção ao câncer do colo do útero, DSTs e vacina contra o HPV. Entre
os temas tratados estiveram a dificuldade de realizar o exame Papanicolau (para
a prevenção do câncer) e o projeto de lei que institui a obrigatoriedade de
coleta preventiva do exame de câncer do colo de útero em 80% das mulheres que
comparecem em qualquer posto de saúde municipal (podendo ser realizada pelo
serviço de enfermagem).
De acordo com a
ginecologista e cirurgiã oncológica Fabíola Fridman, o exame preventivo, em
geral, não vem alcançando novos pacientes. Ela explica que quando a mulher vai ao
posto, tem dificuldade de realizar o exame, e nos hospitais a atenção acaba
sendo direcionada aos pacientes que já estão com alterações no preventivo.
A gerente do Serviço
Especializado de Ginecologia (SEG), Estelamaris Piccoli, concordou com Fabíola e
afirmou que é comum que os exames sejam feitos repetidamente pelas mesmas
pessoas. Para Estalamaris, quem mais necessita não tem acesso por problemas no
posto de saúde, devido à demanda de pessoal e por desconhecerem o procedimento.
“Se nós vamos pensar em
prevenção, em primeiro lugar devemos encarar as condições primárias, condições
de vida e educação, dificuldade de acesso e que as pessoas nem se dão conta que
existe a doença”, resumiu o ginecologista Paulo Damiani.
Para a representante da
Secretaria Municipal da Educação (Smed), professora Marcia Gil Rosa, a educação
sobre a saúde das mulheres precisa ser debatida dentro e fora da escola. A
professora disse que existe uma necessidade de mobilização, pois mulheres estão
morrendo.
A presidente da Comissão de
Saúde e Meio Ambiente, vereadora Lourdes Sprenger (PMDB), evidenciou a
importância de temas como este serem debatidos na Câmara e se comprometeu em
auxiliar na mobilização sobre o tema e sugeriu a realização de um seminário
sobre a prevenção ao câncer de colo de útero na Cosmam.