A vereadora Lourdes Sprenger (PMDB) defendeu
nesta terça-feira (07/10) a imediata reabertura da emergência pediátrica e dos
38 leitos do quarto andar do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas -
HMIPV. Segundo Lourdes, “nada justifica que a população fique sem atendimento,
e enfrente filas nas outras instituições que acabam sobrecarregadas, se temos
um hospital referência no atendimento às crianças”. A manifestação foi feita
durante a inspeção feita pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) ao
HMIPV, com o objetivo de identificar os principais problemas que estão causando
a redução de leitos de internação e o fechamento da emergência pediátrica.
Conforme demonstra o histórico de
problemas do hospital, a Secretaria Municipal de
Saúde (SMS) fechou as portas da emergência após o final da Operação Inverno, e
cerca de 60 a 70 pacientes deixam de ser atendidos por dia. Já o quarto andar
da instituição, que possui 38 leitos destinados, principalmente, a crianças que
sofrem com dificuldades respiratórias, também segue fechado.
Um dos principais problemas do hospital, apontados
pela população, pelos funcionários da saúde, e pelos representantes do Sindicato Médico do RS e do Sindicato dos Municipários
de Porto Alegre que procuram a Cosmam, é a falta de técnicos de
enfermagem. Isto foi constatado durante a visita.
Em 2011, a prefeitura realizou um
concurso para técnicos de enfermagem, mas até o momento, os aprovados não foram
chamados. Segundo a diretora geral do HMIP, Maria Isabel de Bittencourt, a
unidade necessita de 63 técnicos de enfermagens, sendo 35 para os setores da
pediatria. Questionada pela vereadora Lourdes sobre o motivo do conselho gestor
do hospital não aprovar as contratações, Maria Isabel respondeu que a
efetivação dos funcionários não acontece devido aos problemas financeiros da
Prefeitura da Capital.
Para Lourdes, o propósito do trabalho da
Cosmam, neste caso, é a reabertura das unidades fechadas. O próximo passo é requer
a atuação das entidades de fiscalização como o Ministério Público e a
Procuradoria Geral da República. “Nosso foco – disse ela - é a abertura da
pediatria, pois é muito complicado para uma mãe, para um pai, chegar com seu
filho doente na emergência e não receber atendimento”, concluiu.