Em sua fala, a parlamentar
destacou uma pesquisa do Fórum Econômico Mundial que mostra que o Brasil
levaria 95 anos para atingir a igualdade de gênero – no mundo, seriam
necessários 170 anos. O nosso país ocupa a 79ª posição em um ranking que avalia
144 países e avalia as condições enfrentadas pelas mulheres nas áreas de saúde,
educação, paridade econômica e participação política. No ano passado, o Brasil
estava na 85ª colocação.
A vereadora ressaltou também
que a representatividade feminina continuará abaixo do ideal a partir do ano
que vem, apesar da legislação que garante 30% das vagas de candidaturas para
cada sexo. Nas últimas eleições, as mulheres representaram 33% das candidaturas
à vereança, ou 152 mil mulheres para mais de 309 mil homens. Já para o
Executivo, somente 12% do total de candidatos são do sexo feminino. Ou seja, a
mulher continua como coadjuvante da política local e nacional. Em 68% dos
municípios, não havia sequer uma mulher na disputa pela prefeitura – ou 3.806
cidades sem mulheres na eleição majoritária, de um total de 5.568.
“Meu voto é um alerta para
que pratiquemos a valorização efetiva das mulheres em cargos públicos. E que
essa valorização não seja apenas em datas como o Dia Internacional da Mulher ou
quando votamos um projeto de lei neste sentido. O empoderamento é uma postura
de vida que deve ser adotada e praticada todos os dias”, enfatizou.