Vereadora Lourdes Sprenger (Mandatos 2013-2016 e 2018-2020)
2ª Vice-Presidente Câmara Municipal P.Alegre e Procuradora Especial da Mulher. Contadora, Auditora. Presidente das Frentes “P.Alegre Sem Maus-Tratos aos Animais” e “P.Alegre Por Um Novo Pacto Federativo”. Deputada Federal Sup. 2015/18. Liderou Movimento "Carroças? Tem Solução! Inclusão Social Sem Sofrimento Animal"
22 maio 2013
Corte de Árvores: Lourdes afirma que a polícia não pode substituir a política
Esta foi a manifestação da vereadora Lourdes Sprenger (PMDB) feita hoje a tarde na Tribuna da Câmara de Vereadores.
A polícia não pode substituir a política!
Gostaria de trazer à reflexão o tema do Corte de Árvores, que está sendo tratado pela mídia como um impasse entre grupos de ativistas x Prefeitura, mas que tem uma dimensão toda especial para cidade.
Primeiro precisamos refletir sobre um valor – que é o meio ambiente – e uma cultura – que é a da preservação. Ambos respeitados e protegidos como afirmações da ação social e comunitária de Porto Alegre
Aqui temos fortes movimentos preservacionistas de bairros, de grande expressão, ONGs, antigas e reconhecidas entidades do Brasil como é a AGAPAN. Aqui implantamos a primeira secretaria municipal do Meio Ambiente do País; aqui tivemos, durante a ditadura, o célebre episódio dos estudantes que subiram em árvores na frente da UFRGS, na Avenida João Pessoa, para evitar cortes e acabaram na prisão. Mas o verde, as árvores, foram preservados.
Pois é nesta mesma cidade, que a necessidade de preservação de 115 árvores cria um impasse não somente entre governo e ativistas. Mas entre governo e a consciência ecológica, entre uma obra e a cultura de preservação arraigada na cabeça de homens, mulheres e crianças de Porto Alegre.
Num tempo de democracia, de exaltação do diálogo e das formas de cooperação estamos todos diante de um impasse: entidades apontando como causa de tudo a falta de diálogo e governo sustentando cortes como solução única para resolver congestionamentos de trânsito e compromissos com a Copa 2014.
A questão merece mais do que reflexão. Merece também o reexame em todos os seus aspectos: sejam alternativas do projeto da obra; seja a consideração à consciência ecológica da cidade; seja no custo benefício trânsito x meio ambiente; Estes é que são os verdadeiros e indispensáveis caminhos que devemos abrir pavimentados pelo debate público.
Intervenção policial e ação pela força é o retrocesso que a cidade não quer. A polícia não poderá jamais substituir a política!
Porto Alegre se orgulha de ter mais de 1 milhão de árvores plantadas!